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Enem poderá passar a ser obrigatório

O Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), atualmente opcional, deverá ser progressivamente estendido a todos os estudantes concluintes do segundo grau. É o que estabelece o Projeto de Lei do Senado (PLS) 696/11, de autoria do senador Aníbal Diniz (PT-AC), que está pronto para ser votado, em decisão terminativa, pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).

O texto a ser submetido à comissão é um substitutivo elaborado pelo relator da matéria, senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE). Segundo o substitutivo, o Exame Nacional do Ensino Médio, definido em regulamento, “será garantido de forma progressiva a todos os concluintes do ensino médio, tornando-se obrigatório no âmbito do sistema de avaliação do ensino médio, instituído pela União em colaboração com os sistemas de ensino”.

Evolução

O Enem foi criado em 1998, quando contou com 157,2 mil inscritos e 115,6 mil participantes. Em 2010, 56% dos concluintes do ensino médio participaram do exame. E, em 2011, mais de 6,2 milhões de estudantes se inscreveram para participar. Em defesa de seu projeto, Aníbal Diniz argumenta que, “por suas qualidades pedagógicas e por constituir uma política de Estado, merece ser valorizado como instrumento de avaliação do ensino”.

Em 2009, segundo recorda Valadares em seu voto favorável, o Enem passou a ser utilizado nos processos de admissão para as universidades federais. Diversas instituições de ensino privadas também aderiram ao sistema. Desde 2010, as notas do Enem passaram a ser consideradas para a obtenção de crédito pelo Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies). O exame passou a servir, ainda, para certificar a conclusão do ensino médio em cursos de Educação de Jovens e Adultos.

Sisu

A nota obtida no Enem é utilizada atualmente para o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que neste primeiro semestre oferece 129 mil vagas em 3.752 cursos de 101 universidades públicas e institutos federais de educação, segundo a Agência Brasil. Em seu programa semanal pelo rádio, Café com a Presidenta, a presidente Dilma Rousseff ressaltou nesta segunda-feira (14) a importância do exame.

“Veja você que a nota do Enem vale para o Sisu, para o ProUni e para os vestibulares de muitas universidades públicas. Vale também para o Ciência sem Fronteiras”, disse Dilma. “Sabemos que a educação é o principal instrumento para reduzir as desigualdades e construir um país mais justo e mais desenvolvido. É por isso que nós vamos, cada vez mais, garantir que jovens tenham acesso à universidade.”

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Preocupado com a propaganda enganosa feita por escolas de segundo grau que selecionam seus melhores alunos para realizar o Enem, o relator da proposta incluiu no substitutivo um dispositivo que proíbe qualquer instituição de ensino participante do Enem de “estabelecer critérios ou qualquer outra forma de discriminação que dificulte a participação de qualquer de seus alunos na realização do referido exame”.
“Muitas escolas aproveitam-se do caráter voluntário do exame para escolher os alunos que se submeterão à prova e, com isso, divulgar níveis de qualidade de ensino que, na verdade, não são fidedignos”, afirmou Valadares.

Fonte: Agência Senado
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Massacres com armas de fogo chocam Obama e o mundo

Ainda há muito poder de fogo por aí, ou seja, temos que continuar fabricando toneladas de lágrimas, para fazer frente a tanta dor e sofrimento, tais como as que rolaram no rosto de Obama logo após a tragédia de Newtown.


O mundo ficou chocado com mais um massacre coletivo nos Estados Unidos (Newtown, Connecticut): 26 pessoas, incluindo vinte crianças e a própria mãe do atirador (que pode ter feito a loucura que fez em razão de “bullying” – vamos aguardar as investigações). Sabe-se que neste país qualquer psicopata pode ter acesso (por meio de compra ou de simples apoderamento) a quantas armas quiser, por força de uma ultrapassada Emenda Constitucional, amparada pela Corte Suprema norte-americana. 

A Casa Branca disse (em 17.12.12.) que o controle de armas faz parte da solução do problema, mas ainda não é a resposta completa à violência, que extermina cerca de 15 mil pessoas por ano naquele País.
Obama disse que buscaria "medidas mais duras" para enfrentar a questão e isso passa pelo endurecimento da regulamentação das armas de fogo.

Estamos preparados para dizer que somos impotentes diante de tal carnificina, perguntou Obama? Estamos prontos para ver a violência atingir nossas crianças em nome da nossa liberdade [de portar armas de fogo facilmente]? Os fabricantes e comerciantes do setor contam com o maior poder de fogo ($) nas campanhas eleitorais e no Congresso nacional. É chegado o momento de enfrentá-los?
De acordo com os dados de 2010 do DATASUS (Banco de dados do Sistema Único de Saúde), o número de mortes causadas por arma de fogo no Brasil foi de 36.792, ou seja, 70% do total de 52.260. Não criamos ainda (nem no Brasil nem nos EUA) o tabu do sangue, que vigora na Europa há alguns séculos, tendo resultado extraordinário: 2 a 3 mortes para cada 100 mil pessoas, contra 27,3 do Brasil, em 2010.



Não se trata de tarefa fácil desarmar a população, porque boa parcela dela, tanto nos EUA como no Brasil, tem verdadeira fascinação pelas armas. Pesquisa do Núcleo de Estudos da Violência da USP com jovens brasileiros evidenciou que, para eles, ser bem sucedido é ter uma arma de fogo. Em 1999, 5,4% deles afirmavam isso; em 2010, o percentual pulou para 8,7%. Quase dobrou o total de jovens que veem poder e “status” na posse e no porte de uma arma de fogo. O quanto a televisão, mostrando milhares de cenas de violência diariamente, contribuiu para isso não se sabe.

No Brasil já fizemos várias campanhas de desarmamento e temos uma lei mais ou menos rigorosa, que é a responsável por 26.380 presos, dos 549.577, que estão recolhidos no sistema prisional nacional (dados de junho de 2012, conforme o Depen). Somente no primeiro semestre de 2012 houve aumento de 4,5% na população carcerária decorrente da posse ou porte de arma de fogo, que faz parte do Top 9, isto é, dos nove crimes mais encarceradores no Brasil. Em 2005, contávamos com 10.124 presos nessa área, tendo havido aumento de 160% daí até junho de 2012.

Lei existe e está sendo cumprida, mas mesmo assim a facilidade com que se compra uma arma de fogo no Brasil é impressionante. O atirador do Realengo (que matou 12 crianças, em razão do “bullying”) adquiriu 2 armas de fogo, dias antes do massacre, com facilidade incrível. Contamos no Brasil com cerca de 8 milhões de armas ilegais (segundo informações do próprio governo).

Ainda há muito poder de fogo por aí, ou seja, temos que continuar fabricando toneladas de lágrimas, para fazer frente a tanta dor e sofrimento, tais como as que rolaram no rosto de Obama logo após a tragédia de Newtown. Claro que é o ser humano que faz o disparo, mas sem as armas de fogo (tal como se vive na Europa) teríamos muito menos mortos, porque delas abusa diuturnamente esse ser com evolução ainda incompleta (chamado humano).

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